sábado, 10 de julho de 2010

O gênio de muitas palavras

Vou dedicar este espaço pra falar de um dos maiores gênios do rock brasileiro... Isso porque, outro dia eu li uns comentários um tanto quanto idiotas sobre as musica deste homem: Humberto Genssinger e me senti  na obrigação de defendê-lo! Como é que se pode chamar de sem sentido musicas que falam sobre a vida de um ponto de vista tão perfeito?! Quem fala mal da musica deles é porque nunca ouviu, e se ouviu, é por que não tem capacidade de entender...



A música deles não é como essas bandinhas de hoje que só cantam pra vender discos e ter fama... HG conseguiu abranger vários temas em suas músicas e em todas, ele fala de uma forma que te leva a pensar junto com ele... Muitos as consideram difíceis de entender devido aos paradoxos que ele sempre usa, mas se você for analisar é isso que faz com que a música ganhe um “tempero” especial... Resumindo... Dizer que o Gessinger faz letras sem sentido e ruins, é atestado de idiotice! 

A cada dia que passa me convenço de que nasci na década errada, hoje tenho que conviver com sucessos nacionais “incríveis”... Por exemplo... Rebolation e Créu... Eu mereço...


Não quero ofender ninguém e nem tenho a pretensão de fazer o mundo amar tanto Engenheiros do Hawaii quanto eu (iria ser perfeito demais)...




Selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é demais
Quando chega em casa do trabalho
Quase vivo
Selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é o máximo
Liberdade pra escolher
A cor da embalagem
Nessa selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é o normal
Entrar na fila, comprar ingresso
Pra levar porrada
No meio de tudo, você
Me salva da selva
Selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é demais
Um pouco de silêncio
Um copo de água pura
Selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é o máximo
Se o cara mente
Mas tem cara de honesto
Nessa selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é o normal
Finge que não vê, diz que não foi nada
E leva mais porrada

 
      (No meio de tudo você)
 
 
 
 
 
 
O melhor esconderijo, a maior escuridão  
Já não servem de abrigo, já não dão proteção
A Libia bombardeada, a libido e o virus
O poder o pudor os lábios e o batom
O melhor esconderijo, a maior escuridão
Já não servem de abrigo, já não dão protecão
A Libia bombardeada, a libido e o virus
O poder o pudor os lábios e o batom
Que a chuva caia como uma luva
Um diluvio um delirio
Que a chuva traga alivio imediato
Que a noite caia de repente caia
Tão demente quanto um raio
Que a noite traga alívio imediato
Há espaço pra todos ha um imenso vazio
Nesse espelho quebrado por alguém que partiu
A noite cai de alturas impossíveis
E quebra o silêncio e parte o coração
Há um muro de concreto entre nossos lábios
Há um muro de Berlin dentro de mim
Tudo se divide todos se separam
Duas Alemanhas duas Coreias
Tudo se divide todos se separam
Que a chuva caia como uma luva
Um dilúvio um delírio
Que a chuva traga alívio imediato
Que a noite caia de repente caia
tão demente quanto um raio
Que a noite traga alívio imediato
Todos se separam
Tudo se divide
Todos se separam
Que a chuva caia como uma luva
Um diluvio um delirio
Que a chuva traga - alívio imediato
Que a noite caia de repente caia
tão demente quanto um raio
Que a noite traga - alívio


(Alívio imediato)
 
 


Nas grandes cidades de um país tão irreal
Os muros e as grades
Nos protegem de nosso próprio mal
Levamos uma vida que não nos leva a nada
Levamos muito tempo prá descobrir
Que não é por aí...não é por nada não
Não, não pode ser...é claro que não é
¿Será?
(...)
Um dia super
Uma noite super
Uma vida superficial
Entre as sombras
Entre as sobras
Da nossa escassez

Um dia super
Uma noite super
Uma vida superficial
Entre as cobras
Entre escombros
Da nossa solidez

(Muros e grades)




**Obrigada por suas sábias e perfeitas palavras...**

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