quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

É preciso acreditar em cada palavra se for mesmo de verdade... Mesmo que se corra o risco de perder, sofrer... 
"-(...) que significa "cativar"?
- É uma coisa que toda a agente se esqueceu, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Isso mesmo, disse a raposa. Para mim, não passas, por enquanto, de um rapazinho em tudo igual a cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti e tu não precisas de mim. Para ti não passo de uma raposa igual a cem mil raposas. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no mundo. Serei única no mundo para ti...
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... creio que ela me cativou. (...) 
-corremos o risco de chorar quando nos deixamos cativar."
                                                                                                         (Le Petit Prince)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Não há modo de escolher um tema
Rimá-lo e poetizá-lo quando ordenado...
O que se escreve não é programado
Nasce na gente como afluente 
De repente
Se  faz presente como um susto ou soluço.


Se configurado
Deixa de ser poesia para ser um texto politizado.


Se é para falar sobre o verde das matas
Que seja porquê dentro de ti nasceu a inspiração do verdadeiro sentimento
Que não requer alusão 
Nem sequer prefiguração
Somente a paixão que o doce das palavras faz nascer
E florescer  como os lindos campos 
E o ar puro que por eles flutua...


   

domingo, 13 de novembro de 2011


Lua, leve-me para longe daqui
Longe de toda devastação
E devassidão que o homem constrói
E da corrupção que move os poderosos
Longe de toda ganância que derruba árvores
E longe o ódio que incendeia matas e almas
Longe de lixos e palavras que inundam cidades e corações
Longe de toda maldade que ignora a emoção e principalmente a razão
Esta que move verticalmente as nações
Longe de tudo que cresce
Belamente construído e constituído
Ao mesmo tempo devastado
Devorado
Afogado pela ambição do homem
Longe da inteligência que promove guerras
Dos visionários que queimam o futuro
Longe do ar que nos sufoca
Transformando a respiraçao num suicídio involuntário
Longe da asfixia das grandes cidades
Leve-me para longe daqui e para perto de lugar que se possa respirar
Sem sufocar
E que lá haja seres emocionais e racionais
Que olhem além do reflexo no espelho
E dos bolsos cheios de dinheiro.




sábado, 5 de novembro de 2011

O incompreensível não é o não perceptível
É aquilo que é visto tal qual arte abstrata
Não é, por vezes, um quadro exposto
Quase sempre é o bilhete rabiscado no fundo da mente
Aquilo que se sente
Mas se mente se interrogado pela mente.


O incompreensível é o ignorado 
É o devorado pela compreensão humana 
É aquilo que sufoca tal qual asfixia 
Que consome a sanidade e tudo que não vicia
É aquilo negado
Renegado
Injustiçado por ser mal interpretado 
É tudo aquilo que corta e não há modo que o regenere
Que sangra, marca e nada estanca
É aquilo que se faz presente mesmo que contente
Do mal que aparece de repente
Para o causador se faz indiferente.



Se toda rota muda como diz que muda
                                                                                   Atalho
Se toda vida continua a menos que pare
                                                                                  Morte
Se todos são bonzinhos até serem tentados
                                                                                  Imperfeito

Se tudo muda e não permanece C
                                                                     O       
                                                                        N
                                                                           S
                                                                              T
                                                                                 A
                                                                                    N
                                                                                       TE...
Por que fazer de conta que tudo tem que ser IgUaL?????







terça-feira, 25 de outubro de 2011


Se em partir, senhora minha,
mágoas haveis de deixar
a quem firme em vos amar
foi desde a primeira hora,
se me abandonais agora,
ó formosa! que farei?

Que farei se nunca mais
contemplar vossa beleza?
Morto serei de tristeza.
Se Deus me não acudir,
nem de vós conselho ouvir,
ó formosa! que farei?

A Nosso Senhor eu peço
quando houver de vos perder,
se me quiser comprazer,
que a morte me queira dar.
Mas se a vida me poupar,
ó formosa! que farei?

Vosso amor me leva a tanto!
Se, partindo, provocais
quebranto que não curais
a quem de amor desespera,
de vós conselho quisera:
ó formosa! que farei?
                               (Nuno Fernandes Torneol)






                                     

terça-feira, 8 de março de 2011

Em pleno Dia Internacional da Mulher, posto um texto que fala de um homem... É.. fazer jus ao nome do blog...
Mais uma postagem feita pela inocência de uma criança? Talvez...

Quase angelical- defini-o perfeitamente
A sua malícia é tragada pela inocência que o envolve
O modo inofensivo como age
A ingenuidade como vê atos alheios torna-o muito diferente
Se machuca uma flor, com certeza não é por maldade
A perspicácia o torna ambíguo
Por causa de tamanha singularidade
Torna-se adorável
Um ser tão admirável devia ser dividido sem a menor mesquinharia
Devia...
Mas a parte egoísta de mim  não permite tamanha nobreza





segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sabe o que é mais estranho? É que nesses tempos sempre tenho estado do lado oposto do que sempre imaginei... 
num primeiro momento era como se eu tivesse fugido de mim mesma, agora não sei mais quem é essa 'eu mesma'...
Agora estou naquele lugar em que eu sempre via todo mundo.. Sempre via as pessoas sendo cobertas de opiniões como se fosse avalanches de palavras que não servem para nada além de criar uma confusão sem tamanho...
Todos querem ajudar, todos querem proteger... Mas, que proteção é essa?
Eu sei o que é bom pra mim... eu sei o que me faz feliz apesar de certas oscilações... 
Percebes? Era esse o discurso que eu sempre ouvia... 
Era mais ou menos assim: "Não acredite em tudo, seja mais cautelosa! cuidado por onde você está andando..." 
Eles sempre me diziam que aquela preocupação não ia adiantar... que o caminho já estava traçado... Na maioria das vezes vi meus amigos caindo em um abismo que eu havia tentado mostrar... 
Então... Estou prestes a cair num abismo? Algo me diz que não... Que eu sou uma exceção e que tudo vai se encaminhar para longe de abismos e afins...
Mas... E se for esse o pensamento de tantos outros que eu tentei 'alertar'?
Prefiro não pensar assim, prefiro acreditar em cada palavra... 


"Olha a luz que brilha de manhã
Saiba quanto tempo estive aqui
Esperando pra te ver sorrir
Pra poder seguir
Lembre que hoje vai ter pôr do Sol
Esqueça o que falei sobre sair
Corra muito além da escuridão
E corra, corra!
Não desista de quem desistiu
Do amor que move tudo aqui
Jogue bola, cante uma canção
Aperte a minha mão
Quebre o pé, descubra um ideal
Saiba que é preciso amar você
Não esqueça que estarei aqui
E corra, corra!"
Pouca Vogal