Agitado e inconstante...
Continuarás assim até me matar?
Queres que eu naufrague antes de chegar ao cais?
Se estás com a pretensão de me fazeres acostumar com esses teus maremotos e marés vulneráveis, espero que consigas, mas parece que são pretensões grandes demais não achas?
Ainda não conseguiste que todas essas tuas movimentações tenham um efeito positivo, se estes existem estão escondidos...
Vai e volta
Vai...
Volta...
Volta?
Não... Permaneça!
Compreendas que tuas ações naturais fazem um estrago tremendo..
Comparo-te com minha vida e te tenho come espelho, não por escolha, mas por fatos. Porém, não te conheço. Poderia estar acostumado com tuas alterações, mas és amplo demais.
És o mar. Infinito, instável, perigoso, calmo e poderoso.
És encantador. Envolvente, e quando parece que conheço-te como a palma da minha mão...
Me traga com uma dessas tuas ondas que surgem do nada e me consome.
Devora-me.
Afaga-me.
Afoga-me
Seduz-me e me leva cativo até as tuas profundezas...
Até quando brincarás com minha natureza firme e frágil como se eu fosse um simples veleiro?
Não sei se queres afogar-me, mas estás me deixando sem ar.
terça-feira, 10 de abril de 2012
sábado, 24 de março de 2012
O último poema
Manuel Bandeira
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
O último poema
Manuel Bandeira
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
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