terça-feira, 10 de abril de 2012

Vamos lá, mar

Agitado e inconstante...
Continuarás assim até me matar?  
Queres que eu naufrague antes de chegar ao cais?
Se estás com a pretensão de me fazeres acostumar com esses teus maremotos e marés vulneráveis, espero que consigas, mas parece que são pretensões grandes demais não achas?
Ainda não conseguiste que todas essas tuas movimentações tenham um efeito positivo, se estes existem estão escondidos... 
Vai e volta
Vai...
Volta... 
Volta?
Não... Permaneça!
Compreendas  que tuas ações naturais fazem um estrago tremendo..
Comparo-te com minha vida e te tenho come espelho, não por escolha, mas por fatos. Porém, não te conheço. Poderia estar acostumado com tuas alterações, mas és amplo demais. 
És o mar. Infinito, instável, perigoso, calmo e poderoso. 
És encantador. Envolvente, e quando parece que conheço-te  como a palma da minha mão... 
Me traga com uma dessas tuas ondas que surgem do nada e me consome. 
Devora-me.
Afaga-me.
Afoga-me
Seduz-me e me leva cativo até as tuas profundezas...
Até quando brincarás com minha natureza firme e frágil como se eu fosse um simples veleiro?
Não sei  se queres afogar-me, mas estás me deixando sem ar. 

Um comentário:

palavras nunca são efêmeras...