sábado, 24 de março de 2012


O último poema
Manuel Bandeira


Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

                                                   



Um comentário:

  1. Saber escrever
    Queria saber escrever, encaixar palavras
    Mesmo que não rimassem, mas que soassem bonito
    Vejo tanta maestria, delicadeza no que outros escrevem
    Tento fazer o mesmo e sai tudo tão forçado
    Queria ser espontâneo quando escrevo tanto quanto falo
    Queria saber escrever, mas não me calo.

    ResponderExcluir

palavras nunca são efêmeras...