O último poema
Manuel Bandeira
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
O último poema
Manuel Bandeira
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Saber escrever
ResponderExcluirQueria saber escrever, encaixar palavras
Mesmo que não rimassem, mas que soassem bonito
Vejo tanta maestria, delicadeza no que outros escrevem
Tento fazer o mesmo e sai tudo tão forçado
Queria ser espontâneo quando escrevo tanto quanto falo
Queria saber escrever, mas não me calo.